Calamidade pública. Esse é o clima do nosso país em meio ao avanço, nos moldes dos nossos irmãos que estão sucumbindo mundo aqui e mundo afora à Pandemia do Covid-19. O planeta inteiro está se recolhendo – e no Brasil não é diferente, inclusive Salvador – , seguindo as orientações da quase totalidade dos cientistas e das autoridades de saúde.
Na contramão de tudo isso, no entanto, encontra-se a Câmara Municipal de Salvador. Ninguém, de sã consciência, está entendendo o maior mau exemplo da história recente de nossa cidade: por que uma instituição que deve zelar pela convivência insiste em desafiar a sanha dessa fúria viral? Pois é… A Câmara, como se nada estivesse acontecendo, abre as portas para o caos, para, por certo, exterminar seus servidores, objetivando “salvar” as moedas arrancadas do suor desses trabalhadores que servem a ela e à Cidade (leia-se Reforma da Previdência Municipal) – e que, por certo, não terá como gastar.
Sim, a Câmara dá um exemplo de que é possível a insensibilidade, a insensatez, o desprezo à pessoa humana. Expõe, à toda prova, os servidores da Casa mediante o chicote viral. Não há precedentes, exceto durante períodos sombrios da nossa historiografia brasileira e mundial, como a escravidão dos nossos irmãos negros, a câmara de gás da Segunda Guerra Mundial. É a Câmara viral voltando no tempo, no tempo da opressão, do extermínio, num plenário vergonhoso, certamente imerso de um grupo de alienígenas, travestidos de vereadores de situação, num acinte à vida.
Suspendam as atividades da Câmara… Não resistam ao clamor da ciência, das autoridades de saúde, das milhares de famílias que perderam (e, conforme as projeções hoje, perderão muito mais) seus entes queridos. Saiam dessa pandemia com o mínimo que o ser humano decente possui: DIGNIDADE.
Ascam: Juntos somos mais fortes!